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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MARIA MOISÉS DE CAMILO CASTELO BRANCO

1. LEITURA ORIENTADA
http://mariamoisesexplicacaodanovela.blogspot.com/2009/08/6-7-8-9-10-11-12-13-14-15-16-17-20-21.html
2. EXPLICAÇÃO DA NOVELA
http://mariamoisesexplicacaodanovela.blogspot.com/2009/08/blog-post.html

1. - SIGNIFICADOS, INTERPRETAÇÃO E GRAMÁTICA

PÁG 1

Pág 1, linha 2 - BOCA TRISTE - Boca que nos transmite a sensação de tristeza. Temos aqui uma figura de pensamento a que damos o nome de hipálage: quem está triste não é a boca, mas sim o dono dela, neste caso Camilo Castelo Branco[Uma das formas mais frequentes consiste na atribuição, a um substantivo, de uma qualidade (adjectivo) que, em termos lógicos, pertence a outro - [http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%A1lage]: «Nem alto nem baixo, magro, pálido, bigode caindo sobre uma boca triste mesmo quando se ria»

PÁG 3, §2, 1 - FICCIONISTA adj.
2 gén.adj. 2 gén.
1. Relativo à ficção.
s. 2 gén.2. Aquele que faz literatura de ficção.
***** FICÇÃO | s. f.
1. Acto ou efeito de fingir.
2. Fingimento.
3. Invenção (fabulosa ou engenhosa).
4. Fábula.
5. Dissimulação.
6. Suposição (do orador para abrilhantar ou reforçar o discurso).
PÁG 3, §2, 1 - NOVELA s.f.
1. Romance curto.
2. Enredo, intriga.
3. Mentira; ficção.
4. Folhetim televisivo. (Nesta acepção também se diz telenovela.)
"Como ficcionista escreveu novelas e romances sentimentais"
PÁG 3, §2, 1 - ROMANCE
1. Narração em prosa, de aventuras imaginárias, ou reproduzidas da realidade, combinadas de modo a interessarem o leitor.
2. Fantasia.
"Como ficcionista escreveu novelas e romances sentimentais"
PÁG 3, §2, 2 - DRAMATURGO s. m.
Autor de composições dramáticas (dramas).
***** DRAMA
s. m. 1. Peça de teatro de um género misto entre a comédia e a tragédia.
2. Fig. Acontecimento comovente.
3. Cena pungente.
"Foi dramaturgo, poeta lírico e satírico, jornalista, cronista"
PÁG 3, §2, 2 - LÍRICO adj.
Diz-se da poesia maviosa que revela paixão.
PÁG 3, §2, 2 - SATÍRICO adj.
1. Cáustico; mordaz.
PÁG 3, §2, 3 - CRONISTA s. 2 gén.
Pessoa que escreve crónicas.
***** CRÓNICA s. f.
História que expõe os factos em narração simples e segundo a ordem em que eles se vão dando.
PÁG 3, §2, 3 - INVESTIGADOR (ô)
adj. s. m.
Que ou aquele que investiga.
***** INVESTIGAR - Conjugar
v. tr.
Proceder à investigação de.
***** INVESTIGAÇÃO
s. f.
1. Indagação ou pesquisa que se faz buscando, examinando e interrogando.
2. Inquirição de testemunhas.
PÁG 3, §2, 4 - ERUDITO adj.
1. Que tem profundos e vastos conhecimentos.
s. m.
2. Homem muito sabedor.
3. Enciclopedista.
PÁG 3, §2, 4 - PREFÁCIO s. m.
1. Discurso preliminar em que se expõe ordinariamente o motivo de uma obra, os processos nela seguidos, etc.
2. Prólogo.
3. Liturg. Parte da missa que precede o cânone.
PÁG 3, §2, 4 - FECUNDO adj.
1. Que tem em si a força de produzir muito.
2. Que não é estéril.
3. Que desperta ou desenvolve a faculdade de produzir.
4. Que produz muito.
5. Que dispõe de artifícios, de recursos; rico; inventivo.
6. Abundante.
PÁG 3, §2, 5 - EPISTOLÓGRAFO s. m.
Autor de cartas notáveis.
GRAMÁTICAgramática1
“Nem alto nem baixo, magro, pálido, de vivos olhos escuros…”
Na palavra alto temos duas vogais, o a e o o.
O que são vogais? Uma vogal é uma letra, que se pronuncia numa só emissão de voz, i. é, o ar não é interrompido ao passar pela boca: a, e, i, o, u, são as vogais que aprendemos na nossa 1ª. Classe na escola primária.
Em baixo temos um i no meio da palavra. É uma semivogal. (as semivogais são duas: o i e o u ). Perguntar-se-ão, mas qual é a diferença entre uma vogal e uma semi-vogal? Apenas isto. Uma semivogal não desempenha papel de núcleo silábico. Podem acompanhar necessariamente alguma vogal, com a qual formam sílaba, como por exemplo aia e aula. Se dividirmos a palavra amizade em sílabas vemos que o a, só por si forma uma sílaba: a-mi-za-de; o mesmo podendo acontecer com o e, por exemplo em ele: e-le; e com o o, por exemplo em orar: o-rar
Vejamos a frase
«Nem alto nem baixo, magro, pálido, de vivos olhos escuros, bigode caindo sobre uma boca triste mesmo quando se ria».
Temos aqui vários adjectivos:
alto, baixo, magro, pálido, vivos , escuros, triste
Os adjectivos servem para qualificar os substantivos.
Se eu disser Camilo Castelo Branco, imagino um homem, naturalmente. Mas se eu disser que é alto, já fico a saber mais qualquer coisa àcerca do homem. Pelo menos já o separo dos baixos. Se disser que é gordo, já o separo dos magros. Se disser que nem é alto nem baixo, fico a imaginá-lo com uma estatura mediana. Enfim, já estamos a perceber o papel dos adjectivos.
E o que é um substantivo?
Um substantivo dá nome aos seres em geral. Eu posso dizer o Manuel,
o carro, a testemunha, o papel, o bem, como exemplos de substantivos.
Nesta mesma frase:
«Nem alto nem baixo, magro, pálido, de vivos olhos, escuros, bigode, caindo sobre uma boca, triste mesmo quando se ria».
Podemos detectar os seguintes substantivos:
Olhos, bigode, boca.
Podemos classificar os substantivos em concretos e abstractos . Os primeiros, quando se podem ver ou apalpar, os segundos, os abstractos, quando não se podem ver nem apalpar, como por exemplo o bem, o mal, o amor, o ódio, a amizade, etc.